Está grávida? Imagine-se a amamentar.
O seu bebé já nasceu? Imagine-se a amamentar.
Provavelmente a primeira imagem que lhe surgirá será a de estar sentada num cadeirão, com o bebé no colo, cabeça repousada no seu antebraço…
Esta é a imagem que a maioria das mulheres tem de um bebé a mamar, mas será a mais favorável, fisiológica e natural?
Muitas mães têm sido instruídas a amamentar de forma que pode dificultar o início da amamentação e o seu prolongamento pelo tempo desejado – dá conta um artigo recente do mothering.com, com o título: “Many Moms May Have Been Taught to Breastfeed Incorrectly: Surprising New Research”
A verticalização das diversas posições “sentada” obriga mãe e bebé a lutar contra os efeitos da gravidade para manter o bebé bem encostado à mãe e ao nível da mama. Neste tipo de posição, podem surgir espaços entre ambos com facilidade, que desorientam o bebé e podem levar a reações de aparente recusa da mama, choro, stress, ciclos de pega-e-larga que provocam lesão nos mamilos e dor.
Em vez de mães e bebés trabalharem juntos como parceiros na amamentação, as mães têm de fazer todo o trabalho sozinhas. Em vez de poderem relaxar enquanto o bebé ajuda, muitas mães sentam-se curvadas, tensas, debatendo-se.” Amamentar desta forma significa, para muitas, ficar com dores nas costas, braços, pescoço, ombros… e na mama!
Para os bebés também não é fácil mamar assim porque todos os reflexos e instintos com que nascem – que servem para facilitar a amamentação – ficam limitados pelo posicionamento desfavorável. Os movimentos de pernas e braços, necessários para chegar à mama sozinho quando colocado sobre a mãe recostada, passam a ser um bloqueio, afastam-no da mama, obrigam a mãe a tirá-los do caminho. Muitas mães dirão algo como “parece que não tenho mãos suficientes para amamentar”!
Posições naturais e fisiológicas – com a mãe recostada e o bebé sobre ela – colocam todo o peso do bebé sobre o corpo da mãe, deixando-lhe os braços e mãos livres, proporcionando-lhe descanso e conforto enquanto amamenta. Para os bebés, significa conseguir pegar na mama de forma eficaz, usando os instintos e reflexos com que nasceu para fazer “aquilo”.
O artigo citado menciona a importância de “espalhar a palavra”, i.e, de tornar conhecida esta forma de amamentação natural – que se perdeu quando deixámos de ver mães amamentar com frequência, quando a amamentação deixou de ser a norma, quando o aleitamento artificial passou a ser a via comum de alimentação de um bebé.
Este é o nosso contributo.