A amamentação como fonte exclusiva de alimento até aos 6 meses do bebé é a recomendação da Organização Mundial de Saúde e de outras instituições, como a nossa Direção Geral de Saúde.
A partir dos 6 meses, devem oferecer-se alimentos apropriados e saudáveis. Mas…
Como fica a amamentação com a introdução de alimentos sólidos?
É uma dúvida recorrente.
Até aos 12 meses o bebé é um lactente – significa que o seu principal alimento, a base da sua alimentação, deve ser o leite. Os outros alimentos são, portanto, complementares. É por isso que o mais correto é falar em “alimentação complementar” em vez de “alimentação diversificada”.
- Os bebés amamentados devem continuar a mamar em livre-demanda (sempre que quiserem) quando estão com as mães, independentemente de quando foi ou será a próxima refeição de sólidos.
O leite materno como “entrada” ou “sobremesa” não é prejudicial, pelo contrário, a maioria dos bebés aceita melhor outros alimentos depois de mamar e não são raros aqueles que mamam, comem outros alimentos e voltam a mamar de seguida.
Nesta fase, a maioria das mães já regressou ou está em vias de regressar ao trabalho, pelo que a livre-demanda fica limitada ao tempo que estão juntos, naturalmente. É possível que as mamadas noturnas se intensifiquem. - É recomendável oferecer a mama antes e/ou depois de outros alimentos, de forma a não subtrair mamadas. O bebé não passa a comer sopa/papa/etc em vez da mama, em vez disso, passa a comer sopa/papa/etc como complemento ao leite materno.
No caso de mães que estão a trabalhar pode ser útil, nos primeiros meses de introdução de outros alimentos, quando os bebés fazem entre 1 e 3 refeições de sólidos, deixar que o bebé faça essas refeições na sua ausência e quando estão juntos só mamar. - São recomendadas pelo menos 4 mamadas em 24h até aos 12 meses, preferencialmente mais, se for possível. É também recomendável oferecer a mama com frequência, visto que nesta fase os bebés estão a descobrir o mundo em redor e podem solicitar a mama com pouca frequência ou mesmo recusar em certos momentos.
Estas medidas evitam desmames precoces (antes dos 12/18 meses de idade) e garantem que o bebé continuará a mamar o suficiente e a receber todos os nutrientes e demais fatores biológicos do leite materno – importantíssimos para a sua saúde no 2º semestre de vida.
Quer saber mais sobre a amamentação após os 6 meses de vida e a introdução da alimentação complementar? Marque a sua sessão de esclarecimento personalizada (contacte-nos) ou inscreva-se no próximo workshop (veja a nossa Agenda).
Mais informação em:
Como sobreviver a uma greve de mama? – Blog Amamenta Porto
Alimentação de bebés e crianças pequenas – Organização Mundial de Saúde
Quando oferecer algo mais que mama? – Secção Perguntas e Respostas, nº 26, Associação Espanhola de Pediatria, Comité de Aleitamento Materno