“A minha história de relactação” da Mãe Rute

Lembram-se deste post?  Vamos ter de introduzir um suplemento –  7 perguntas para fazer ao seu pediatra

Este é o primeiro de vários posts que vamos publicar como seguimento, com o título “A minha história de RELACTAÇÃO”. Mães contam as suas histórias de como deixaram o suplemento e voltaram a amamentar em exclusivo – algumas tendo já deixado de amamentar totalmente, outras apenas parcialmente – para que outras mães a viver situações semelhantes saibam que é possível deixar suplementos ou manter a amamentação quando é necessário introduzir um.

Relactação

Uma definição simples, poderia ser… Processo de suprimir um suplemento, de forma gradual, para que a amamentação possa voltar a ser a fonte exclusiva/predominante/parcial de leite do bebé. OU processo de voltar a amamentar depois de ter parado durante algum tempo.

IMPORTANTE:
  1. Se for aconselhada a introduzir suplemento contacte uma conselheira de aleitamento materno o mais depressa possível para que possa ser orientada no sentido de manter e recuperar a amamentação;
  2. Aconselhamos que ao fazer uma relactação tenha apoio presencial de um profissional com formação em amamentação; que seja feita gradualmente, em pleno respeito pelas necessidades do bebé e da mãe.
    Se não sabe onde obter apoio, contacte-nos e encaminharemos para alguém próximo.

A história da Mãe Rute começa com este bebé, que tem, atualmente, 8 anos.

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«Nasceu antes do tempo, com imaturidade respiratória; não pôde ser alimentado nos primeiros três dias de vida – altura em que iniciou leite materno extraído (LME) por sonda. O primeiro biberão foi aos 10 dias de vida e a primeira vez que foi à mama tinha 11 dias.

Nesta altura, o LME já era insuficiente – com a rápida melhoria do estado de saúde dele e, por isso, tomava suplemento de LA (leite artificial) quando o meu leite extraído acabava.

Ainda por cima a norma do hospital era de dar primero os biberões com LME, a começar na mamadas das 8h. Durante todo o dia eu estava com ele e dava mama antes do biberão, que ia muitas vezes para o lixo. Nas mamadas da noite, em que eu não estava, fazia LA porque o LM desse dia já tinha acabado…

Teve alta aos 14 dias, já com o peso de nascença recuperado (2200g), e saí de lá com receita para comprar LA – que ignorei. Dei mama sem parar por 48 h – até à primeira consulta no centro de saúde, onde declarei ao médico que, apesar do papel da alta dizer que ele estava em aleitamento misto, eu queria amamentar em exclusivo e, por isso, não tinha comprado o LA.

Seguiram-se 4 semanas de pesagens semanais: primeiro com aumentos de peso zero e depois com aumentos ligeiros; até que, finalmente, começou a aumentar.

Ajudou muito o médico ter respeitado a minha decisão. Cada semana dizia-me que ele estava bem, para continuar com a livre-demanda e que, na semana seguinte, logo se veria. Por isso, o meu filho foi amamentado em exclusivo entre os 15 dias de vida e os 6 meses e depois até desmamar aos 26 meses.»

Rute A.

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