A amamentação e a introdução da alimentação complementar

A amamentação como fonte exclusiva de alimento até aos 6 meses do bebé é a recomendação da Organização Mundial de Saúde e de outras instituições, como a nossa Direção Geral de Saúde.

A partir dos 6 meses, devem oferecer-se alimentos apropriados e saudáveis. Mas…

Como fica a amamentação com a introdução de alimentos sólidos?

É uma dúvida recorrente.

Até aos 12 meses o bebé é um lactente – significa que o seu principal alimento, a base da sua alimentação, deve ser o leite. Os outros alimentos são, portanto, complementares. É por isso que o mais correto é falar em “alimentação complementar” em vez de “alimentação diversificada”.

  1. Os bebés amamentados devem continuar a mamar em livre-demanda (sempre que quiserem) quando estão com as canstockphoto21760261-bebe-comer-500pxlmães, independentemente de quando foi ou será a próxima refeição de sólidos.
    O leite materno como “entrada” ou “sobremesa” não é prejudicial, pelo contrário, a maioria dos bebés aceita melhor outros alimentos depois de mamar e não são raros aqueles que mamam, comem outros alimentos e voltam a mamar de seguida.
    Nesta fase, a maioria das mães já regressou ou está em vias de regressar ao trabalho, pelo que a livre-demanda fica limitada ao tempo que estão juntos, naturalmente. É possível que as mamadas noturnas se intensifiquem.
  2. É recomendável oferecer a mama antes e/ou depois de outros alimentos, de forma a não subtrair mamadas. O bebé não passa a comer sopa/papa/etc em vez da mama, em vez disso, passa a comer sopa/papa/etc como complemento ao leite materno.
    No caso de mães que estão a trabalhar pode ser útil, nos primeiros meses de introdução de outros alimentos, quando os bebés fazem entre 1 e 3 refeições de sólidos, deixar que o bebé faça essas refeições na sua ausência e quando estão juntos só mamar.
  3. São recomendadas pelo menos 4 mamadas em 24h até aos 12 meses, preferencialmente mais, se for possível. É também recomendável oferecer a mama com frequência, visto que nesta fase os bebés estão a descobrir o mundo em redor e podem solicitar a mama com pouca frequência ou mesmo recusar em certos momentos.

Estas medidas evitam desmames precoces (antes dos 12/18 meses de idade) e garantem que o bebé continuará a mamar o suficiente e a receber todos os nutrientes e demais fatores biológicos do leite materno – importantíssimos para a sua saúde no 2º semestre de vida.

Quer saber mais sobre a amamentação após os 6 meses de vida e a introdução da alimentação complementar? Marque a sua sessão de esclarecimento personalizada (contacte-nos) ou inscreva-se no próximo workshop (veja a nossa Agenda).

Mais informação em:

Como sobreviver a uma greve de mama? – Blog Amamenta Porto

Alimentação de bebés e crianças pequenasOrganização Mundial de Saúde

Quando oferecer algo mais que mama? Secção Perguntas e Respostas, nº 26, Associação Espanhola de Pediatria, Comité de Aleitamento Materno

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